A agressividade e as fúrias
parecem surgir cada vez mais cedo, já existem crianças a terem atitudes
agressivas e desrespeitadoras, assistimos a isso no nosso dia-a-dia, quando
vamos a um restaurante ou simplesmente quando estamos numa fila de espera.
A questão é que não compreendo o
porquê desta situação, ou talvez não queira entender… A fase da vida em que não
temos preocupações e que a maldade está nos bandidos da Disney, parece estar a
abandonar apenas a ficção e tornar-se realidade. Nas crianças mais pequenas, a agressividade aparece de
forma natural, para obterem o que precisam, é portanto, um instinto próprio a
todo o ser humano, até aí tudo bem. Mas há uns dias, quando estava a aproveitar
o sol do Gerês, deparei-me com um mini terrorista, uma criança com os seus 7
anos que brincava no cimo de uma colina. Um pau gigante que fazia de espingarda
com direito a todos aqueles movimentos impulsionadores de quem estava a
disparar e acompanhado da sua arma, pronunciava o seguinte “vou matar-vos, vou
matar-vos!”. Não me assustei porque a sua voz era doce tal como a voz de uma
criança deve ser, mas não deixei de olhar e refletir sobre aquilo que estava a
ver. Sinceramente, acho que todos que estávamos lá olhamos admirados, menos a
mãe do menino que continuou a ler o seu livro, certamente um romance bem mais
bonito que aquelas cenas de guerra.
A
realidade é que as crianças imitam o que vêm, a violência na televisão,
desenhos animados e jogos que incluem brutalidade certamente são vistos pelos
mais pequenos. O problema é que muitos não sabem distinguir-se do
Dragon Ball ou do Songoku que tem como missão lutar
contra os seres do mal, que pretendem invadir a Terra ou destruir outros
planetas. Estes seres do mal são dotados de força e possuem poderes
sobrenaturais. Mas as crianças não.
Por
um lado não se pode dizer que os jovens não aprendam algo bom com os jogos eletrónicos,
nem que sejam completamente influenciados pelos mesmos, apenas cabe aos pais e educadores a
supervisão, limitando assim o acesso de programas inadequados aos mais jovens.
No
final da história, a melhor maneira de tornar as crianças boas, é torná-las
felizes!
Bruna Grego
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